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1º. ETAPA: DESINTOXICAÇÃO/ADAPTAÇÃO: adaptando e integrando o acolhido à comunidade, objetivando a desintoxicação natural através das práticas desportivas e exercícios físicos, modificando seu modo de vida, desenvolvendo o senso de responsabilidade, pontualidade, assiduidade, hábito ao trabalho, higiene e disciplina.

 

Ocorre a aprendizagem das regras do programa. Esta etapa é marcada pela adaptação na comunidade, as responsabilidades são simples e limitadas. O desempenho na realização das tarefas, mudanças comportamentais e relacionais é constantemente avaliado e registrado. 

O objetivo primordial é fazer com que o acolhido seja assimilado pela comunidade e participe de todas as atividades da rotina diária, embora limitados em termos de sua contribuição.

 

Têm por foco o estímulo à agregação por meio de várias estratégias específicas. Essas estratégias concentram-se enfaticamente no relativo isolamento, na intervenção no caso de crises, na orientação concentrada e no aconselhamento fundado no apoio. Estão sempre acompanhados de acolhidos mais antigos que esclarecem continuamente as normas da comunidade e os comportamentos que ela espera. Para evitar o aumento da ansiedade pessoal, todas as atividades terapêuticas são moderadas. Nesta etapa, a equipe direciona trabalhos e atividades para um levantamento psicossocial do acolhido, procurando conhecer suas particularidades e elaborando um Plano de Atendimento Singular (PAS). São realizadas entrevistas com familiares e/ou pessoa por ele indicada.

 

O PAS é o plano individual do acolhido para atingir o que deseja durante o período de acolhimento e após a sua saída da Comunidade Terapêutica. Ele especifica e monitora as ações de acolhimento individual, reunindo todas as informações a respeito do acolhido. Leva-se em consideração a singularidade da história de vida, mesmo quando as trajetórias são semelhantes. Por isso, é preciso flexibilizar as estratégias de cuidado.

O acolhido, seu familiar ou pessoa por ele indicada, deverão participar na construção e no cumprimento do PAS, sendo o protagonismo do acolhido, o respeito e o diálogo os princípios norteadores do acolhimento. Nele constam seus dados pessoais, a indicação dos familiares e/ou pessoas por ele indicadas com seus respectivos contatos, bem como a evolução do vínculo familiar durante o período de acolhimento, histórico psicossocial, motivação para o acolhimento, as atividades a serem exercidas pelo mesmo durante o seu período de acolhimento, o período de acolhimento e suas intercorrências.

Os encaminhamentos realizados para a rede do SUAS, SUS e outros, todos os encaminhamentos visando a reinserção social, a evolução do acolhimento, seus resultados e o planejamento de saída. O PAS é atualizado periodicamente e revisado a qualquer momento, por iniciativa da equipe ou a pedido do acolhido, ficando sempre o documento à disposição para consulta, bem como das autoridades competentes para fins de fiscalização. 

 

2º. ETAPA: CONSCIENTIZAÇÃO: vivência com troca de experiências avaliando sua condição e proposta de vida sem drogas. Identifica-se como membro da comunidade, exibindo um conhecimento geral da abordagem da comunidade. Há um compromisso com a comunidade e consigo mesmo. Através da aprendizagem (errando e acertando), experimentando as conseqüências destes compromissos,acarretaráem significativas  mudanças em todo o grupo. A rotina permanece a mesma, mas as funções de trabalho se tornam mais complexas e as atividades terapêuticas deixam de ser moderadas. 

A transformação individual resulta do impacto global da vida na comunidade. O Plano de Atendimento Singular (PAS) é seguido e reavaliado constantemente.

 

3º. ETAPA: PREPARAÇÃO: com as experiências no trabalho, nas vivências e avaliações nas terapias anteriores, o acolhido reformula seus atos, passando a praticar a disciplina e conhecimento adquirido, passando a dar mais importância a hábitos de vida saudável que é indispensável à sua recuperação e reinserção social. Mantém aceitação, sobriedade constante e serenidade crescente. Trabalhos de maior responsabilidade serão designados neste nível, como recepcionar visitas, auxiliar na cozinha, coordenar reuniões, participar de atividades externas a CT e outras. Também ganha reconhecimento e confiança, podendo ser designado pela coordenação para a execução de tarefas externas à comunidade. 

Seguindo o Plano de Acolhimento Singular (PAS), realiza- se também o Programa de Prevenção de Recaída, direcionando os trabalhos para a preparação do acolhido ao retorno social e o seu projeto de vida.

 

4º. ETAPA: REINSERÇÃO SOCIAL: saída para o convívio de seus familiares e meio social, retornado à comunidade e trabalhando o acolhimento aos recém chegados propiciando à prática do aprendizado adquirido. O acolhido é estimulado a assumir compromissos e ajudar a outros no seu processo. O acolhido assume um nível mais alto de responsabilidade e desempenha tarefas de alto nível (ficar com a chave, acompanhar acolhidos a consultas médicas externas, etc).

 Os acolhidos que avançam pelos estágios do programa estão se preparando para o engajamento positivo com a vida e a continuidade de sua recuperação. Concluir representa o final do processo dentro da CT, mas é apenas um estágio do processo de recuperação. A família e o acolhido realizam relatórios constando suas dificuldades com as saídas auxiliando a equipe na reavaliação do Plano de Atendimento Singular (PAS).  Trata se de uma etapa mais prática, com várias atividades direcionadas ao seu retorno familiar, onde direciona o acolhido às suas carências mais emergentes.  É uma etapa demorada. 

Ocorre saídas para lazer, cultura, estudo, profissionalismo, culto religioso de sua preferência, etc, conforme previstas em seu PAS.

 

PÓS ACOLHIMENTO: inicia quando o acolhido termina seu processo dentro da CT e tem uma duração de um ano. O acolhido e a família assumem um compromisso de freqüentarem reuniões de apoio, irà comunidade nos dias agendados, juntos ou não. Nesta etapa tem como principal objetivo o apoio à reinserção sócio-familiar e econômica do ex-acolhido e se distingue das demais pelo fato do mesmo já estar vivendo de forma autônoma, sem, contudo quebrar a sua interdependência com a instituição. 

As mudanças de estilo de vida começam na instituição e tendem a serem mantidas pós-saídas e assim osindivíduos devem obter uma posição na sociedadeinvestindo em si mesmo,aspiram metas, ideológicas e psicológicas, quando passam a valorizar a própria vida. 

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